sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Partida

Dizem que roupa suja se lava em casa, mas não posso deixar de tocar num assunto que, querendo ou não, faz parte de tudo isso.

Esse não é um relato, é só um comentário pessoal e peço com licença.

Desde que comecei a pensar nessa viagem pra mim, tinha em mente que ninguém precisava saber, o que era importante fazer era comunicar meus entes mais próximos da possibilidade de um dia partir numa empreitada dessas. Com eles sempre fui claro da vontade que tinha de realizá-la. Queria saber da opinião deles e ninguém se manifestou completamente contra.

Com o caminho favorável, fui amadurecendo a idéia e junto comigo todos acompanhavam ela solidificando-se.

Quando fizemos uma previsão de viagem, pensamos detalhe por detalhe, e nesse caso usei da intuição observando como o cenário a minha volta reagia.

Hoje estou diante da oportunidade de concretizá-la, mas nem tudo saiu como eu imaginava.

Quem já viajou assim sabe que a hora de partir é a mais difícil, principalmente pra quem fica.

Quando marcamos o dia certo da partida e concluímos: vamos. Sem perceber nos predestinamos a ir, suportando o que viesse a acontecer.

E confesso que ta difícil.

Na época tudo estava bom, todos estavam bem.

Entendemos que, principalmente as pessoas que mais sentirão nossa falta, guardam até o ultimo momento a esperança de que iremos desistir e volta atrás, acabam instintivamente tomando atitudes pra conseguir isso. Respeitamos.

Mas a verdade é que fica cada vez mais difícil voltar atrás na ultima semana. Só o que não pode é confundir de ultima hora, determinação com frieza e egoísmo. Por favor.

Eu poderia estar saindo melhor com minha consciência, mas infelizmente vou ter de partir sem a benção de minha mais importante companheira.

Eu quis assim e preciso ser forte, sei que os esforços extrapolaram os limites de cada um. Espero que fiquem bem.

Torçam por nós.