Dizem que roupa suja se lava em casa, mas não posso deixar de tocar num assunto que, querendo ou não, faz parte de tudo isso.
Esse não é um relato, é só um comentário pessoal e peço com licença.
Desde que comecei a pensar nessa viagem pra mim, tinha em mente que ninguém precisava saber, o que era importante fazer era comunicar meus entes mais próximos da possibilidade de um dia partir numa empreitada dessas. Com eles sempre fui claro da vontade que tinha de realizá-la. Queria saber da opinião deles e ninguém se manifestou completamente contra.
Com o caminho favorável, fui amadurecendo a idéia e junto comigo todos acompanhavam ela solidificando-se.
Quando fizemos uma previsão de viagem, pensamos detalhe por detalhe, e nesse caso usei da intuição observando como o cenário a minha volta reagia.
Hoje estou diante da oportunidade de concretizá-la, mas nem tudo saiu como eu imaginava.
Quem já viajou assim sabe que a hora de partir é a mais difícil, principalmente pra quem fica.
Quando marcamos o dia certo da partida e concluímos: vamos. Sem perceber nos predestinamos a ir, suportando o que viesse a acontecer.
E confesso que ta difícil.
Na época tudo estava bom, todos estavam bem.
Entendemos que, principalmente as pessoas que mais sentirão nossa falta, guardam até o ultimo momento a esperança de que iremos desistir e volta atrás, acabam instintivamente tomando atitudes pra conseguir isso. Respeitamos.
Mas a verdade é que fica cada vez mais difícil voltar atrás na ultima semana. Só o que não pode é confundir de ultima hora, determinação com frieza e egoísmo. Por favor.
Eu poderia estar saindo melhor com minha consciência, mas infelizmente vou ter de partir sem a benção de minha mais importante companheira.
Eu quis assim e preciso ser forte, sei que os esforços extrapolaram os limites de cada um. Espero que fiquem bem.
Torçam por nós.